terça-feira, 4 de junho de 2013

Citações d' «Os Herdeiros da Lua de Joana»

«Só sabes que nada sabes e... do que sabes não tens a certeza!» Luís a João Pedro


segunda-feira, 3 de junho de 2013

Os Herdeiros da Lua de Joana

«Os Herdeiros da Lua de Joana» conta como as pessoas que eram próximas de Joana sobrevivem cada dia após a sua morte.
É um livro escrito em teatro em que se lê a perspectiva de cada uma das personagens.
O enredo gira à volta do que fazer com a Lua que Joana tinha no seu quarto.
O irmão de Joana não aguenta mais ver o baloiço no corredor à porta do quarto da irmã, então, para que os pais façam alguma coisa, ele desloca-o para o meio da sala de estar. A mãe ao ver a Lua alí fica com um comportamento bastante alterado pois não consegue tratar de mais coisas da Joana e não sabe o que fazer com aquela Lua que era tão importante para ela! O pai vive agarrado às cartas que Joana deixou e diz que não quer dar nada que pertencesse a Joana, que a quer perceber.
Há uma grande diferença entre os pensamentos desta família, tanto na maneira como querem proceder após a morte de Joana, tanto na maneira de reagir àquela perda.
Para os ajudar a ultrapassar este momento o Dr. Gomes, o psicólogo dos três membros da família, dá-lhes concelhos, que ajudam muito a conseguir encarar que Joana morreu.
O Dr. Brito, pai de Joana, começa a falar com os amigos mais chegados de Joana que conhece atravéz das cartas para Marta e agradece-lhes por terem sido bons amigos e por terem tentado ajudar a filha. Ele começa, finalmente, a conhecer a sua filha.
A mãe de Joana, Bé, passa por uma fase mais solitária ao ultrapassar a morte da filha, porém ajuda também o filho a fazer o mesmo.
No final do livro, João Brito descobre o que gostaria de fazer com o baloiço: ele oferece-o à escola que Joana frequentava e faz um breve discurso em que pede a todos que não sigam o caminho que Joana optou para ela e que pretende que a Lua lembrea todos o que lje aconteceu.

Final do Livro

« Desapertou a correia do relógio e pousou-o devagar sobre a mesinha. Agora, tinha todo o tempo do mundo. Para quê? »

Citações d' «A Lua de Joana»

« E percebi que os sorrisos servem para uma data de coisas, como por exemplo para tapar buracos que aparecem quando o mar das palavras se transforma em deserto. » Joana

« Às vezes em sonho triste
Nos meus desejos existe
Longinquamente um país
Onde ser feliz consiste
Apenas em ser feliz.
Espero que encontres o tal país, Joana! » João Pedro

Opinião sobre «A Lua de Joana»

«A Lua de Joana» é um livro que mostra como a morte de alguém bastante próximo causa uma grande mudança na vida das pessoas que sofrem essa perda.
Joana sente-se bastante revoltada por Marta não ter tido amor à sua própria vida mas, após todas as cartas escritas à amiga a dizer que não sabe se algum dia a irá perdoar, faz exactamente o mesmo!
Este livro relata bastante bem que a vida de um toxicodependente nunca é algo positivo e acaba sempre em mortes precoces e dolorosas.
Ao longo da leitura, pude constatar que a Lua que a Joana tem no seu quarto é um objecto bastante importante para ela. É o local onde ela se refugia a pensar, a escrever para a Marta, a desenhar...! 
O seu quarto é o local onde são notadas as maiores mudanças no comportamento de Joana, que marca início à sua entrada no mundo das drogas. A unica coisa que fica imune a uma mudança é o baloiço, que continua a ser o objecto predilecto de Joana.
Esta narrativa dá a entender que, se não se estiver atento ao comportamento das pessoas que se ama, quando se quer ajudar já é tarde demais... A Joana era uma menina reservada,solitária e nunca tinha causado problemas, logo não era necessário ter sempre o olho nela, pensavam os pais. Porém, por más influências que não foram separadas de Joana, ela acabou por por termo à sua vida, da maneira que tanto a repugnou quando a sua melhor amiga morreu.
Durante o enredo, Joana envolve-se com Diogo, o rapaz que ela ama, mas ela não está consciente do que faz e não são as boas razões que o levam a fazê-lo: as drogas retiram a lucidez aos dois adolescentes.
Por fim, Joana morre... muito antes de os pais perceberem tudo o que se passara nos últimos meses com a filha, deixando-os numa angústia enorme.
por: Mariana Fonseca

A Lua de Joana

Joana, uma rapariga de 14/15 anos, sofre uma perda terrível: a sua melhor amiga, Marta, morre de overdose devido a drogas.
Após se aperceber que perdeu a sua amiga, vê que não tem ninguém com quem desabafar, então, começa a escrever, diariamente, uma carta a Marta, contando-lhe o que se passa com ela.
Na maior parte das cartas é distinta alguma melancolia, raiva e solidão que, até ao final do livro não a abandonam...
Joana dirige-se a Marta dizendo que não a consegue perdoar porque não percebe porque é que ela foi estúpida ao ponto de se iniciar no mundo das drogas!
Numa tentativa de mudar algo na sua vida, pinta o seu quarto todo de branco. Nele, pendura também um baloiço igualmente branco em forma de lua. Ela passa a vida sentada no baloiço e, conforme o seu humor, ou o vira para quarto crescente ou minguante.
Ao longo da história, Joana começa a dar-se bastante bem com Diogo, o irmão da falecida, acabando por se envolver com ele. Os dois, vão-se dando com um grupo de adolescentes intitulados de "más companhias" e estes acabam por os desviar para o caminho das drogas.
A mudança de Joana evidencia-se à medida que o seu quarto vai ficando obscuramente mais colorido mas, quando a sua família repara nisso, já é tarde demais.
Joana e Diogo são enviados para clínicas de desintoxicação porém, apenas Diogo é bem sucedido, pois Joana não abdica das drogas.
Joana piora também por não a deixarem ver Diogo, que era a pessoa mais importante para ela, alegando ser o melhor para os dois.
O final do livro, a única parte deste que não é constituído por cartas para Marta, apresenta o pai de Joana no quarto da filha a ler as cartas para a Marta, após a morte de Joana também por overdose.
Joana, que no início se sente bastante revoltada e traída pela morte da amiga, acaba por cair na mesmo desgraça que ela.

Algumas Obras de Maria Teresa Maia Gonzalez

  • A Lua de Joana
  • Recados da Mãe
  • O Guarda Da Praia
  • Quase Adolescente
  • Ser Invulgar
  • Bicho Em Perigo
  • Voa Comigo
  • Os Herdeiros da Lua de Joana
  • Colecção O Clube das Chaves
  • entre outros...

Maria Teresa Maia Gonzalez


Maria Teresa Maia Gonzalez é uma escritora portuguesa nascida em Coimbra, em 1958
Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, variante de Estudos Franceses e Ingleses, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi professora de Língua Portuguesa de 1982 a 1997, no ensino oficial e particular.
Tem vários livros editados, nomeadamente, Gaspar & MarianaA Fonte dos SegredosO Guarda da PraiaO Incendiário MisteriosoA Lua de Joana (o seu maior sucesso editorial), Histórias com JesusA Cruz Vazia, e é autora da colecção Profissão: Adolescente, da qual, com 26 títulos publicados, já foram vendidos mais de 300.000 exemplares. É ainda, com Maria do Rosário Pedreira, co-autora da Colecção O Clube das Chaves, de que se publicaram 21 volumes, a maioria dos quais com várias edições.
Recentemente também começou a escrever uma colecção de peças de teatro, chamada "Um Palco na Escola", que já vai em cinco títulos, para serem representadas nas escolas que já começam a ser levadas a cena em várias escolas do país. Os seus livros são um sucesso entre os mais jovens e já ganhou prémios de literatura.

Citações de «Morreste-me»

« Como eu, esperavam; não a morte, que nós, seres incautos, fechamos-lhe sempre os olhos na esperança pálida de que, se não a virmos, ela não nos verá. »


« Do silêncio, da penumbra, um crescer de espectros, memórias? não, vultos que se recusavam a ser memórias, ou talvez uma mistura de carne e luz ou sombra. »

« E pensei não poderiam os homens morrer como morrem os dias? assim, como pássaros a cantar sem sobressaltos e a claridade líquida vítrea em tudo e o fresco suave fresco, a brisa leve a tremer as folhas pequenas das árvores, o mundo inerte ou a mover-se calmo e o silêncio a crescer natural natural, o silêncio esperado, finalmente justo, finalmente digno. »

« Deixaste-te ficar em tudo, Sobrepostos na mágoa indiferente deste mundo que finge continuar, os teus movimentos, o eclipse dos teus gestos, E tudo isto é agora pouco para te conter. Agora, és o rio e as margens e a nascente; és o dia, e a tarde dentro do dia, o sol dentro da tarde; és o mundo todo por seres a sua pele. »

« Quero que saibas, cresce uma luz fina sobre mim que sou sombra, luz fina a recortar-me de mim, ténue, sombra apenas. »

« ...apenas mentiras a substituírem mentiras a cada momento que não passa. Faltas tu a levar o tempo. »

Análise de «Morreste-me»

 Este livro foi escrito no papel do filho. Este começa por narrar a morte do pai. Só isso. Não descreve como foi a perda para ele, como se sentiu, só menciona os sentimentos da mão e da irmã que, obviamente, estavam ambas muito tristes e revoltadas.
 Ao longo da história o filho relata os seus dias: onde vai, o que faz e, em qualquer um desses momentos descreve tempos passados, vividos na companhia do seu pai começando, na maior parte das vezes por "Pai. Dizia-te nunca esquecerei e agora lembro-me.", parecendo querer provar o quanto prezava o pai.
 Percebe-se, ao longo do texto, que o pai significava muito para este filho e que  o filho sente falta dele, apesar de o narrador apenas dizer o quanto chorou no funeral.
 O narrador fala sempre para o pai, apesar de este já ter morrido. Fala-lhe dos seus dias como se o tivesse a seu lado.
 O filho, numa altura em que pensa na morte do seu pai pergunta-se porque não morrem todos os seres em paz, sem sofrer mas nunca obtêm uma resposta.
 Na história o filho apercebe-se que não voltará a estar com o pai nunca mais e diz-"lhe". Uma única vez em todo o desabafo literário, que tem muitas saudades.
 A partir deste momento, começam-se a conhecer alguns sentimentos daquele filho mas nem todos são sentimentos de tristeza, o filho começa a perguntar ao pai onde ele está, pois precisa dele e ele não aparece, fala com ele e ele não responde, ele culpa o pai por ter morrido e ter deixado aquela família devastada.
 Após o culpar, diz-lhe para descansar em paz, para não se preocupar com nada e ai-se embora daquela terra, prometendo-lhe que, um dia voltará para fazer tudo o que o pai fazia.


por: Mariana Fonseca

Morreste-me

«Morreste-me» conta a história de um homem que perdeu o pai.
No início da história. o pai já tinha morrido e, o seu filho relembra a altura anterior à fase terminal do seu pai, esta mesma fase, a sua morte e a vida da família e dele próprio sem o pai.
O pai era um homem com cancro num estado grave. Estava a fazer tratamento no hospital mas os dias passavam e não havia melhorias. Por este motivo, o pai foi internado no hospital e a família passava lá os dias com uma angústia infindável por não saberem o que iria acontecer ao pai. O dia que a família estava à espera, o dia em que o pai deixaria o hospital, finalmente chegou e o pai regressou a casa. Tempos depois, ele recomeça a ficar pior e a família acaba por o observar a esvair-se em sangue, tantta ajudá-lo mas ele não sobrevive.
O funeral do pai foi na terra onde aquela família sempre viveu. Foi um funeral triste, sentimental e emocional. O filho quis carregar o caixão do seu pai, pois, sentia que o pai tinha feito demasiado por eles e como não podia fazer nada por ele agora, achou que era uma maneira de retribuir. A mãe e a filha choravam e, mais tarde o filho junta-se a elas.
Depois disto, ele abandonou aquela terra... foi uma última vez ao cemitério conversar com o pai e relembrar muitas dos momentos passados juntos e partiu.

Obras de José Luís Peixoto

Ficção:
  • Morreste-me
  • Nenhum Olhar
  • Uma Casa Na Escuridão
  • Antídoto
  • Minto Até ao Dizer Que Minto
  • Cemitério de Pianos
  • Hoje Não
  • Cal
  • Livro
  • Abraço
Poesia:
  • A Criança Em Ruínas
  • A Casa, A Escuridão
  • Gaveta de Papéis
Obras de Teatro
  • Anathema
  • À Manhã
  • Quando O Inverno Chegar

José Luis Peixoto


José Luís Peixoto, é um narradorpoeta e dramaturgo português, sendo um dos mais destacados escritores portugueses do início do século XXI.

É licenciado em Línguas e Literaturas Modernas (inglês e alemão) pela Universidade Nova de Lisboa. Antes de dedicar-se profissionalmente à escrita em 2000, trabalhou como professor.
A sua obra é do género romanesco, mas tem publicado poesiateatro e prosa em diversos géneros. Recebeu o Prémio Jovens Criadores (área de literatura) nos anos de 1997, 1998 e 2000. Além destes 3 prémios recebeu, também ligados à literatura, outros prémios ligados a outras obras específicas.
Os seus romances estão publicados em FrançaItáliaBulgáriaTurquiaFinlândiaHolandaEspanhaRepública ChecaRoméniaCroáciaBielorrússiaPolóniaBrasilGrécia,Reino UnidoEstados UnidosHungriaIsrael, etc. Estando traduzidos num total de 20 idiomas e sendo distribuídos em mais de 60 países. 
O Município de Ponte de Sor criou um prémio literário com o nome de José Luís Peixoto para jovens autores.
Este blog, «Passeando no Interior dos Livros», foi criado para o meu P.I.L. (projecto individual de leitura), no âmbito da disciplina de Literatura Portuguesa. O título deste blog foi inspirado nas iniciais P.I.L.
Com este portefólio resultante dos livros apresentados nas aulas, pretendo dar a conhecer uma nova perspectiva dos livros que muitos já devem ter lido!

Mariana Fonseca