Este livro foi escrito no papel do filho. Este começa por narrar a morte do pai. Só isso. Não descreve como foi a perda para ele, como se sentiu, só menciona os sentimentos da mão e da irmã que, obviamente, estavam ambas muito tristes e revoltadas.
Ao longo da história o filho relata os seus dias: onde vai, o que faz e, em qualquer um desses momentos descreve tempos passados, vividos na companhia do seu pai começando, na maior parte das vezes por "Pai. Dizia-te nunca esquecerei e agora lembro-me.", parecendo querer provar o quanto prezava o pai.
Percebe-se, ao longo do texto, que o pai significava muito para este filho e que o filho sente falta dele, apesar de o narrador apenas dizer o quanto chorou no funeral.
O narrador fala sempre para o pai, apesar de este já ter morrido. Fala-lhe dos seus dias como se o tivesse a seu lado.
O filho, numa altura em que pensa na morte do seu pai pergunta-se porque não morrem todos os seres em paz, sem sofrer mas nunca obtêm uma resposta.
Na história o filho apercebe-se que não voltará a estar com o pai nunca mais e diz-"lhe". Uma única vez em todo o desabafo literário, que tem muitas saudades.
A partir deste momento, começam-se a conhecer alguns sentimentos daquele filho mas nem todos são sentimentos de tristeza, o filho começa a perguntar ao pai onde ele está, pois precisa dele e ele não aparece, fala com ele e ele não responde, ele culpa o pai por ter morrido e ter deixado aquela família devastada.
Após o culpar, diz-lhe para descansar em paz, para não se preocupar com nada e ai-se embora daquela terra, prometendo-lhe que, um dia voltará para fazer tudo o que o pai fazia.
por: Mariana Fonseca
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